Blog temático, e temporário, para desenvolvimento do tema Religião & Apoio Social. Blog gerido pela área de Ciência das Religiões da Un. Lusófona, com a colaboração de Helia Bracons Carneiro (da área de Serviço Social da ULHT)

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Sexta-feira, 30 de Julho de 2010

Partindo do Tratado de Lisboa

A Constituição Europeia excluiu o nome “Deus” do seu Prólogo, gerando na altura combates “cegos” no seio de todos os países europeus, especialmente por parte dos círculos religiosos.
O que muitos desconhecem, é que o veto a essa Constituição nos libertou de um casamento de séculos que estava obsoleto e sem futuro, oferecendo-nos no Tratado de Lisboa algo a que muitos estão alheios e que é, e será cada vez mais, fundamental: “o diálogo aberto, transparente e regular com a religião, as igrejas e as comunidades religiosas”.
O que a Europa conseguiu foi um avanço civilizacional enorme, colocando-se as Religiões ao serviço de todos, promovendo o diálogo, tornando as Religiões parceiros cívicos.
Orgulha-nos ver Portugal, Lisboa e o português Durão Barroso, que criou o encontro inter religioso em 2005, a cabeça de iniciativas que poderão, se forem seguidas, dar um enorme contributo à escala global. Sabemos que os problemas actuais já não são à escala nacional ou regional, pedindo por parte de quem ter o poder de influenciar, uma resposta global. Daí, percebermos que o mundo político está efectivamente consciente do papel das Religiões. Esta resposta aos desafios actuais pode ser dada em conjunto, com parceiros credíveis e que tenham a força de mobilizar as massas.
Lamentavelmente, sendo Portugal o grande impulsionador desta iniciativa, não se fez representar neste último encontro e não se deu nos media o devido eco. Este foi, já, o sexto encontro do género.
Parece-me claro que, embora sendo ramos distintos da actividade em sociedade (religião e política), acabam por ter em comum o combate à exclusão e fazem da iniciativa social uma de suas bandeiras.
A Europa parece ter acordado, está mais consciente de que tamanha tarefa, ainda mais nos dias que correm, não se compadece de ser apenas travada pelos governos europeus. Com reconhecida humildade, pedem às instituições religiosas, de créditos firmados com tradições históricas, que se uniam nesse colossal empreendimento. Acredito que juntos, trabalhando de forma organizada e articulada, os resultados serão bem mais expressivos.
O apoio dado ao plano Estratégia 2020 reflete esse mesmo esforço, sobretudo se tivermos em linha de conta a representatividade das comunidades religiosas presentes.
Podemos deduzir que a solidariedade social, pode ser o começo de outros projectos conjuntos, que poderão, a longo prazo, dirimir o fosso cultural e religioso, limitado pelo desconhecimento ao nosso próximo, que no mundo global, deveria estar mais próximo ainda.
O contributo da cooperação das duas partes vai possibilitar, a longo e médio prazo, uma coesão, não só social, mas a outros patamares.
O artigo 17º do Tratado coloca na mesma mesa, não só os políticos e os religiosos, mas religiosos de diversos quadrantes juntos buscando soluções.
Acredito que o que se pretende com estes encontros, é a criação de linhas francas de diálogo. É necessária uma abertura ao mundo, que as partes se conheçam melhor, que se trabalhe, em conjunto, para TODA a sociedade.

Esperamos nós a confiança e a esperança dos milhões de europeus.
 
Rogério Freitas

aluno da Lic. em Ciência das Religiões

Ptor. das Assembleias de Deus (Alverca)

publicado por Re-ligare às 19:29
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